SECRETS- Capítulo 33 - NEW JUSTIN?

DUAS SEMANAS DEPOIS...

Soube que o Justin tinha voltado, ou melhor, soube que ele e a Grace voltaram, e ele também nem veio me procurar. Estava ressentida por isso, me machucou de verdade, ainda mais saber que ele estava com ela.
Hoje era aniversário do Jaxon, e ele iria apresentar sua namorada em um jantar que iria ser na casa da Pattie, todos estarariam reunidos, e eu me perguntava se ele iria. Jaxon estava extremamente feliz, finalmente iria apresentar sua namorada, e até Erin iria vim, provavelmente já deve ter chegado. Estava feliz por ele, na verdade todos estavam, ele merecia.
Estava terminando de me arrumar quando meu celular sinaliza que chegou  uma nova mensagem.

" Vou ao jantar, mas antes de qualquer coisa, preciso falar com você. Me encontre na estufa, perto do lago da casa. Estarei te esperando."

Era o Justin, depois de dias, era ele. Fiquei aliviada por ele ter retornado, mas ainda queria respostas. Não fiquei muito ansiosa, apenas terminei de me arrumar e ajudei a Jazzy com a indecisão dela de qual roupa usar.
Não demorou muito pra todos estarem prontos. Lucas se recusou ir, ele era o  único que ainda se recusava a deixar o passado de lado, e seguir em frente. Jazzy teve uma briga com ele antes de ir, mas não deixou que isso tirasse seu bom humor. Jazzy sempre fica de bom humor em aniversários, e festa, e tudo que é agitado. Sempre festejava seus aniversários de alguma forma, independente da onde estivesse.
Já passava das 18:00 da noite, estávamos chegando a casa da Pattie, Jaxon e sua namorada já estavam lá, mas na porta só encontrei a Pattie esperando por nós.

Pattie: Oi querida. -ela me deu um abraço assim que me aproximei- Como você está?

Lucy: Estou bem. O local do ferimento dói um pouco as vezes, mas não é nada quando se tem um pai médico em casa.- falei assim que meus pais se aproximaram

Ben: Boa noite. Estou cuidando dessa moça - ele sorri pra mim

Pattie: Boa. Sejam bem vindo a minha casa.

Liah: Obrigada querida!

Pattie: Jazzy amor, sua mãe já chegou.

Jazzy: Que bom! Estava morrendo de saudades.- ela foi caminhando pra dentro da casa e no caminho falou com a Grace.

Grace: Dr.Ben -Grace se aproximou de nós

Ben: Grace, que bom te ver.

Ela sorriu pra ele e abraçou, e ele retribuiu com carinho. Olhei aquela cena e não entende muito. Eles se falavam as vezes e passavam horas conversando quando se viam, e eu nunca entende essa proximidade entre eles. Minha mãe em relação a ela era neutra, acho que ela muita das vezes preferia que fosse ela com o Justin do que eu.
Eles caminharam pra dentro da casa conversando.
Vi uma mulher na sacada da casa, nunca tinha a visto nos jantares de amigos e familiares, e do lado dela havia um rapaz que aparentava ter seus 18 anos.

Lucy: Novos amigos da família?- apontei pra sacada

Pattie: Ah não, amigos de muitos anos. Ela é a mãe da Grace, chegou de Nova York hoje, e o rapaz é irmão mais novo da Grace.

Lucy: Ah. Não sabia que ela tinha irmãos.

Pattie: Vocês nem se dão bem também, é de se esperar que você não saiba mesmo. Mas vocês tem que parar, está acabando com o Justin coitado.

Lucy: Seu filho não é nenhum santo.

Pattie: Eu sei, mas ele te ama e tem um carinho enorme por ela. Vocês tem que conciliar isso.

Lucy: Desculpa melhor sogra do mundo, mas é quase impossível.

Pattie: Vocês não tem jeito.

Lucy: E cadê o Justin? Ele disse que estaria aqui.

Pattie: Ah sim, disse que estava na estufa te esperando.

Lucy: Então acho que devo ir, antes que sirvam o jantar. Você não não vai entrar?

Pattie: Estou procurando a Vanessa, Jaxon me pediu pra chamá-la, mas não estou encontrando. Ela veio atender um telefonema, mas não voltou até agora.

Lucy: Vou falar com o Justin, se eu ver ela por aí, mando ela ir até o Jaxon.

Pattie: OK.

Caminhei até a estufa por aquela extensão toda. A casa da Pattie era grande demais, alguém que não conhecesse a casa, se perderia fácil. Sempre achei um charme ter uma casa grande assim, mas nunca quis ter uma. Gostava de espaço e ao mesmo tempo ter contato com todos da casa, sem que eu precisasse ir tão longe.
Estranhei a falta de seguranças ali no local, sempre tinha um ou dois vigiando a casa.

Lucy: Estranho.-falei baixinho

As luzes da estufa estavam desligadas, mas entrei assim mesmo, e já procurei pelo o registro para acende-lá.

Lucy: Justin.

Justin: Estou aqui.

Justin estava do outro lado da estufa, de costas pra mim, mas logo se virou.

Justin: Que bom que veio.

Lucy: Ao contrário de você, eu não fujo.

Justin: Como você está?- ele deu de ombros

Lucy: Melhor, mas não graças a você.- falo ressentida

Justin: Sinto muito Lucy, sinto muito por tudo. Eu não queria ter me afastado.

Lucy: Mas você se afastou Justin. Ficou duas semanas longe, com a Grace. Você nem atendeu as minhas ligações. Qual é o seu problema?

Justin: Muitos. Mas eu só quero ficar bem com você.- ele segura meu rosto com as duas mãos- Quero que me ame independente das minhas mil falhas com você.

Ele estava estranho, ele estava diferente, preocupado talvez. Eu não queria piorar nada, apenas saber a verdade.

Lucy: Eu amei você ontem, eu amei você hoje, e vou amar você amanhã. Isso não vai mudar. Mas não pode sumir e aparecer quando quiser. Tem que confiar em mim, tem que me falar o que está acontecendo. E não se esqueça, eu salvei sua vida.- abrir um sorrisinho

Ele me beijou, e eu deixei. Por mais que ainda tivesse irritada, e chateada, e magoada, eu queria sentir seus beijos, queria saber se tudo estava bem, ele vem me preocupando.

Justin: Prometo te contar.- ele fala contra minha boca- Só me prometa que não vai fugir pra longe.

Lucy: Eu estou aqui não estou? Eu não vou á lugar nenhum.

Assim que abracei ele, e por um momento fechei os olhos pra senti-ló, um homem apareceu atrás dele e apontou a arma.

Lucy: Justin.- o apertei enquanto olhava para o homem

Justin: Está tudo bem. Fique calma.

Ele tentou me tranquilizar, mas sentia todos os seus músculos tenso.

- Solta ela. - uma voz atrás de mim falou

Lucy: Não me solte.-agarro ainda mais ele

Justin: Quanta covardia. Porque vocês não vão embora, antes que as coisas fiquem piores.

- Piores do que já está?

Apareceu um outro homem, com a Vanessa feita de refém, com um pequeno machucado no rosto.

Vanessa: Me ajuda.

Justin: Desgraçado.

- Vamos, solte ela agora.

Lucy: Não.

Justin: Confie em mim. Ninguém vai te machucar.

Ele me soltou devagar, e quando suas mãos e nem as minhas estavam ao alcance de ambos, o homem puxa meu cabelo com força, e passa seu braço pelo meu pescoço, apertando.

Justin: Solte ela.

Ele tenta vim até a mim, mas logo é detido pelo homem atrás dele.

- Você morreria antes de deixar qualquer coisa acontecer com ela. Então calminho ai.

Justin: O que você quer? Ou melhor, o que vocês querem? Vingança?

- Não só isso. Acho que os nossos homens não deixaram as coisas tão claras assim lá em sua casa.

Justin: Não tiveram chance.

- Você é um mafioso bom Justin, mas não bom o suficiente. Você lembra de mim?

Justin: Não me recordo.

- Claro que não se recorda, eu era apenas uma adolescente quando você tentou me matar.

Lucy: Do que ele está falando? Quem é você?

- Cala a boca.- ele aperta ainda mais seu braço em volta do meu pescoço

Justin: Pare!

- Você lembra de quando matou minha mãe, meu irmão, minha irmã e todos da minha família. Claro, com exceção de mim e do meu pai. Você cometeu um erro.

Justin: Eu me lembro. Marcus e seu filho Alex, o mais novo.-ele esboça um sorriso- O filho que eu não matei. Então Alex, cometi um erro muito grande. Deveria ter te matado.

Alex: Não me matou porque não era e nunca foi bom o suficiente. E agora estou a um passo a frente.

Justin: Não te matei por pena, como você disse, não era bom o suficiente. Hoje faria diferente, te mataria da mesma forma que eu matei seu irmão.

Lucy: Justin, o que você está falando?

Eu estava assustada com tudo que saía da sua boca. Eu nunca tinha o visto falar assim.

Alex: Por pena, no entanto não teve pena de matar um bebê. O quão covarde você é?

Justin: Você já fez essa pergunta a seu pai também? De covarde pra covarde, ele foi um bem mais do que eu.

Alex: Você vai pagar por tudo. E vou começar tirando de você as pessoas menos significantes, até as mais importa.

Em um movimento rápido, ele atira na Vanessa, a deixando extremamente ferida e o homem que a segurava a deixou cair no chão sem cerimônia

Vanessa: Não, não.- ela gemia de dor no chão

Justin: Vou atrás de você, do seu pai, e vou matar vocês.

Alex: Boa sorte.

O homem atrás do Justin o acerta com uma coronhada na cabeça e o deixa caído no chão. Outros homens aparecem e começam a jogar algo com um cheiro forte por toda a estufa, parecia ser gasolina.

Lucy: Oh meu Deus, o que você vai fazer?- começo a chorar

Alex: Vai ficar tudo bem querida. Ele vai te salvar. Mas a culpa vai o consumir.- ele coloca sua mão no meu rosto, tapando meu nariz e minha boca, dificultando minha respiração, fazendo eu lutar contra até desmaiar

[...]

ACORDO EM MEIO ao fogo e a fumaça. Estava debilitada no chão, tentando enxergar o Justin no meio daquela fumaça toda. Tentei me proteger com a blusa, tapando meu nariz,  mas era o mesmo que nada.

Justin: Lucy. - ele grita

Lucy: Justin. - tento gritar de volta

Me arrasto pelo chão, e logo ele me encontra. Ele tira sua camisa, e molha com um jarro de água que tinha lá, e me dar pra eu por no rosto.

Justin: Vai ficar tudo bem. - Ele me pega no colo- Eu vou te tirar daqui.

Lucy:Vanessa. Não podemos deixá-la aqui.

Justin: Segura a camisa ai.- Ele tenta encontrar uma saída no meio daquela fumaça

Lucy: Ela está morrendo.

Justin: Cala a boca Lucy. Apenas fica com o pano no rosto.

Lucy: Ela está morrendo Justin. -grito- Salve ela primeiro, por favor.

Justin: Eu sinto muito. Mas não vou deixar você aqui. Isso vai explodir.

Os vidros da estufa começou a quebrar por conta do fogo, e eu me protejo no colo do Justin. Olho pra Vanessa no chão, agoniando-se com aquilo, ela não iria aguentar por muito tempo. Estava morrendo.

Lucy: Por favor Justin, tire ela daqui. Ela vai morrer. - suplico ao Justin

Ele endurece, e fingi não me ouvir, e então tenta me tirar a qualquer custo de lá. Antes que eu pudesse me afastar da Vanessa, joguei a camisa do Justin molhada pra ela, e fiquei a mercê da fumaça.

Justin: Droga Lucy.

Vejo ela pegando o pano e colocando no rosto.

Lucy: Você vai ficar bem. - sussurrei pra ela

Estava ficando inconsciente de novo, mas consegui ver a hora em que Justin conseguiu me tirar de dentro da estufa e correr comigo até onde todos estavam desesperados com a situação.
Ele me colocou no chão, e eu olho pra ele.

Lucy: Não a deixe morrer.

Justin: Eu sinto muito. - ele tapa meus olhos

Mesmo com os olhos tapados, pude ouvir a exploração, e ao mesmo tempo ouvir os gritos do Jaxon.

Lucy: Céus.-chorei

Jaxon: Vanessa, Vanessa. - ele grita em desespero

NÃO DEMOROU MUITO para os paramédicos chegarem pra me levar até o hospital,  o corpo de bombeiro já havia sido chamada também.  E logo os meninos apareceram junto com os policiais, que obviamente não faziam nada, além de ocultar tudo. Mas isso era assunto pra outra hora.
Me recusava a acreditar que ela tinha morrido, me recusava a acreditar que o Justin não fez nada pra salva-lá, me recusava a acreditar que uma parte disso era minha culpa.
Já estava no hospital, eu nunca tinha estado tanto em um assim. Em menos de um mês eu estava lá, de novo. Fui examinada pelo meu pai, e tratada como devia. Tive pequenas queimaduras, mas nada demais. Estava no soro quando minha mãe entrou no quarto, e logo em seguida Justin entrou também.

Liah: Ei, está tudo bem?

Lucy: Sim. Cadê o Jaxon?- olho para o Justin

Justin: Em casa.

Lucy: Preciso falar com ele, preciso falar que tudo vai passar, eu preciso.- explodo em lágrimas.- Não, não.

Liah: Está tudo bem querida, está tudo bem. Fique calma.- ela me abraça

Lucy: Ela morreu mãe, e eu não pude fazer nada.

Justin: Você não tinha como fazer nada Lucy.- ele fala bravo

Lucy: Não. Mas você  podia Justin. Você podia ter tirado ela primeiro.

Justin: E deixado você morrer? - ele fala incrédulo com minhas palavras- Sério?

Liah: Não. Sinto muito por ela, mas você não.

Lucy: Eu juro que preferia ter morrido do que está me culpando por isso.- coloco a mão no rosto- Deveria ser eu. Ou a gente dava um jeito, a gente tinha que dar um jeito. Eu falei a ela que tudo estaria bem, mas não está, não vai ficar.

Justin: Cale a boca. Não está vendo a merda que está falando? A culpa não é sua, nunca vai ser.

Liah: Fique calma amor. Escute o Justin, isso não é sua culpa.

Lucy: Fizeram você escolher entre mim e ela Justin, consegue perceber isso? Por que? Por que estou te odiando tanto por isso?

Justin:  Isso não é conversa pra termos agora. E sim, eu sei que eles me fizeram escolher, e eu  sei que fiz a escolha certa, mesmo sabendo que vou ser odiado pelo Jaxon, mas eu não me importo. Eu sempre vou te escolher, sempre, independente de qualquer coisa. - ele me olha nos olhos - Porque Eu não me importo de ser o cara mal Lucy, eu não me importo se você vai me odiar depois de tudo, ou já está me odiando, eu não me importo de tomar todas as decisões erradas, porque no final do dia sou eu que vou te manter viva, sempre. Então me ame ou me odeie, eu não me importo. Por tanto que esteja viva, e bem, tudo que eu fazer de bom ou ruim, vai valer a pena.

Lucy: Sai daqui Justin. Eu não quero ouvir mais nada.

Ele sai sem falar mais nada, e bate a porta.

Liah: O que foi isso? Por que você está tão irritada por ele ter te salvado?

Lucy: Porque pessoas morrem por minha causa, porque pessoas vão morrer.

Liah: Você está alucinando. Vou chamar seu pai. - ela sai preocupada com meu estado

JUSTIN ON

Grace: Justin, está tudo bem?- ela me para na porta de saída do hospital

Justin: Sim. Eu só quero ir embora.

Grace: Eu vou com você, deixa eu só falar com minha mãe.

Justin: Não Grace, eu quero ficar sozinho. Eu preciso ficar só.

Grace: Tem certeza?

Justin: Tenho.

Will me esperava com o carro. Entrei, e pedi que me levasse pra casa.
Estava tentando me controlar pra não sair fazendo besteira por ai, estava tentando não me culpar por isso, porque eu tinha feito a escolha certa. Eles não vão parar, até tirar tudo de mim. Mas eu não vou deixar, eu não vou deixar, irei matar todos, iria virar o demônio se fosse preciso pra salvar a minha família. Irei matar do adulto até criança se fosse preciso, não iria cometer o mesmo erro, não iria falhar, não iria ter pena, piedade, misericórdia, nada. Porque eu não iria me importar, eu não me importo.

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Um novo Justin ou um antigo Justin de volta?
Espero que gostem!

Beijos

Tai

SECRETS- Capítulo 32 - WORST VERSION

NO DIA SEGUINTE acordei com um pouco de dor de cabeça, talvez pelos vários copos de cerveja. Justin já havia acordado, e estava no escritório. Eu tinha acabado de tomar um analgésico, e decidi tomar um ar livre já que a Grace estava em casa, e eu não queria ter que olhar pra cara dela.
Quando desci vi a Lisa indo em direção ao elevador com o Marley preso na coleira.

Lucy: Bom dia Lisa. Vai descer?

Lisa: Bom dia Lucy. Eu vou levar o Marley pra caminhar.

Lucy: Oi amigão. Tudo bem com você? - brinquei com ele quando cheguei perto - Eu levo ele. Vou dar uma caminhada também.

Lisa: Ok .- Ela me entregou ele - Eu vou adiantar o café da manhã então.

Lucy: O Justin já comeu algo?

Grace: Bom dia.

Nem me dei o trabalho de virar, e nem esperei a Lisa responder, entrei no elevador com o Marley e esperei a porta se fechar pra virar.

Lucy: Mulher chata né?- falo com o Marley- Eu sei que você conheceu ela primeiro, mas você gosta mais de mim né garotão.

Saio do elevador e cumprimento alguns seguranças que se encontravam ali. Vou andando pra fora da cobertura, e respiro fundo quando o sol toca meu rosto. Marley vai me puxando enquanto cheira tudo que ver pela frente, e sinto alguém caminhando logo atrás de mim. Já sabia de quem se tratava, e me viro pra pedir pra que me deixem um pouco só.

Lucy: Eu estou aqui. Você não precisa ficar atrás de mim. Isso é chato.

- Eu sei srta.Hale, mas o patrão quer que a gente fique de olho.

Lucy: Você e os outros podem  ficar de olho de longe. Então por favor, volte.

- Mas...

Lucy: Volte. - mandei

Voltei a caminhar sabendo que ele não viria atrás, mas sabia que ele estaria de olho em qualquer movimento que eu fizesse.
Soltei o Marley, e o deixei caminhar na minha frente.
Meu celular toca e eu paro pra atender e continuo caminhando. Era minha mãe.

Liah: Filha.

Lucy: Oi mãe. Estava pensando em passar ai hoje.

Liah: Imaginei que viria, mas resolvi ligar pra saber que horas. Tenho que ir no hospital.

Lucy: No final da tarde. 

Liah: Ok. Por onde você estava ontem? Justin ligou para o seu pai, mas eu atendi. Ele estava procurando você.

Lucy: Estava com o Jaxon. Justin se preocupa demais.

Liah: E...e como ele...

Lucy: Ele está bem. -sorri

Depois da briga que o Justin teve com o Lucas, minha mãe baixou mais a guarda com o Justin. Ela estava se esforçando o máximo pra poder tratar ele o mais normal possível. Eu sabia que era um sacrifício enorme, mas eu estava feliz pela iniciativa.
Meu celular toca, enquanto estou falando com minha mãe.

Lucy: Mãe, tem uma outra pessoa na linha, te ligo mais tarde pra confirmar o horário.

Liah: Ta bom querida.

Desligo sua chamada, e atendo a do Justin, era ele que estava ligando. Olho para o prédio atrás de mim, e vi o quanto me afastei, tinha perdido o Marley de vista.

Justin: Estou vendo você daqui.

Lucy: Estou vendo você também, de longe.

Eu conseguia ver ele além da parede enorme de vidro do escritório.

Justin: Por que não veio aqui antes de descer?

Lucy: Pensei que iria incomodar. Você está vendo o Marley por ai? -saio andando a sua procura

Justin: Está vindo correndo na sua direção ai.

Tomei um susto quando o Marley aparece e praticamente se joga em cima de mim. Me abaixo pra fazer carinho nele, mas ele não para quieto, parecia está assustado.

Lucy: Que foi amigão?

Justin: O que aconteceu com ele?

Lucy: Eu não sei.

Continuo tentando acalma-ló, e por um momento o Justin fica mudo.

Lucy: Justin

Justin: Solta o Marley, e levanta.

Lucy: O que?

Justin: Faz o que estou mandando. Solta e levanta.

Devagar, solto o Marley e levanto.

Lucy: O que está acontecendo?

Justin: Corra o mais rápido que você puder, venha pra cá, agora.

Lucy: Justin eu...

Justin: Corra!

Marley dispara na frente, e quando ouço um estrondo um pouco longe, não penso duas vezes e corro também, o mais rápido possível.
Eu não sabia o que estava acontecendo, enquanto eu corria, olhei pra trás, e vinha um carro em uma velocidade alta, como se quisesse me alcançar.
Lembro do ocorrido no galpão, e corro mais ainda.
Quando chego próximo ao elevador, os seguranças estão tudo com armamentos, pronto pra atirar em qualquer um que chegasse perto. Assim que cheguei no elevador, Will me coloca pra dentro e sobe comigo e com o Marley.

Lucy: O que está acontecendo?

O Will não responde, e logo a porta do elevador se abre, e é quando ouço um disparo.

Justin: Você está bem?- ele me abraça rápido

Grace: Eu ouvi um disparo.- ela aparece assustada na sala

Lucy: É aquilo de novo?

Justin: Presta atenção no que eu vou dizer. - ele olha nos meus olhos - você vai subir, junto com a Grace e a Lisa. Vai se trancar naquele último quarto, e não vai sair ou abrir a porta nem se eu pedir.

Grace: Mais disparos.

Will: Estão tentando invadir.

Lucy: Justin, pelo amor de Deus. - começo a ficar nervosa

Justin: Segure isso. - ele coloca uma arma na minha mão

Lucy: Você está brincando né?

Justin: Eu pareço estar brincando.
Lucy: Eu não vou usar isso.- grito

Justin: Vai usar sim, se for pra salvar sua vida.

Lucy: Eu mal sei usar isso Justin.

Justin: É só apontar e atirar. Agora vá.

Lucy: Justin.

Lisa: Vamos.

Lisa me puxa e saio subindo as escadas correndo, junto com a Grace. Quando chegamos no andar de cima, nos trancamos no último quarto, e a Grace junto com a Lisa, colocam uma cômoda atrás da porta.
Não consigo ficar parada, ando de um lado para o outro, com aquela coisa na mão, que nem sei como usar direito. Por que ele tinha uma arma? Por que isso estava acontecendo?

Lisa: Fique calma Lucy.

Lucy: Meu Deus, isso é loucura.

Grace: Justin vai saber o que fazer. - Ela falou baixinho

Os disparos começaram a ficar mais frequentes e perto, não sabia se tentava manter a calma, ou se chorava. Eu só queria que nada de ruim pudesse atingir o Justin, então comecei a orar baixinho.

JUSTIN ON

Will: Conseguiram entrar!

Justin: Cadê o Mike?

Will: Mike, conseguiu entrar?- ele fala no rádio

Justin: Assim que o elevador abrir, esteja preparado.

Mike: Consegui entrar. - ele apareceu vindo da cozinha - Mas que porra eles estão tentando fazer?

Justin: Eu não sei. Apenas não deixa ninguém subir em hipóteses alguma, atirem pra matar, todos.

Mike: Ok.

Will: Estão aqui.

Me posiciono em frente a escada, Mike do lado esquerdo da sala e Will logo do outro lado. Quando o elevador sinaliza a chegada, a porta se abre e imediatamente aponto as duas armas em direção a cada um dos homens. Especificamente havia 6 homens, uma desvantagem muito grande. Mas estávamos com 6 armas apontadas pra ele, 2 na mão do Mike, 2 na mão do Will, 2 na minha, pensando bem, acho que não é tão desvantagem assim.

Justin: O que vocês querem?

Um homem faz menção de atacar Mike, e ele destrava a arma.

Mike: Olha, que se me atacar, eu ataco também.- ele fala em um tom sarcástico como sempre.

Justin: O que vieram fazer aqui?

- vendetta

Italianos! Já sabia do que se tratava, e nem precisava perguntar mais. Marcus, ele estava por trás disso.

Justin: De um a dois, ou vocês saem daqui agora, e deixo vocês irem em paz, ou a gente pode começar a travar essa guerra bem aqui, e vocês irão morrer. Porque acredite, eu sou o diabo em pessoa.- odiava ter que me posicionar desse jeito, mas deixo a onda percorrer pelo meu corpo

Mike: Eu prefiro a dois, e estou quase achando que vocês também.

- Numero tre , si uccide.

Quando estava com o dedo no gatilho, pronto pra atirar, a porta do elevador se abre e Ryan aparece e atira na cabeça dos dois homens que apontavam a arma pra mim e logo em seguida eu atiro em um dos caras com a arma apontada para o Will e ele mata o outro sem dar chance deles atirarem, e Mike mata os dois na sua frente, com um sorrisinho no rosto. De todos, era o que mais achava graça disso.

Ryan: Número quatro, matamos vocês.

Assim como piscar de olhos, começa um verdadeiro tiroteio no meio da sala. O que não sabíamos, era que tinha mais homens ali dentro. Uns 8 ou 10, não sabia ao certo o quanto. E tudo aquilo virou uma bola de neve.

JUSTIN OFF

Lucy: O que está acontecendo lá fora?

Grace: Está parecendo que estamos no meio de uma guerra.

Lucy: Tem que ter uma forma de sair daqui.

Grace: Ninguém vai sair.

Lucy: Cala a boca.-grito de nervoso

Ouço passos no andar de cima, e todas nós nos juntamos em um canto.

Lisa: Eles estão aqui.

Grace:xiii

Respiro fundo e aponto a arma em direção a porta. Os passos ficam cada vez mais perto, e o medo e a adrenalina percorrem meu corpo. Fecho os olhos e tento me concentrar no que iria fazer, mas ouço a voz do Justin, e isso é o suficiente pra eu correr até a porta e tentar tirar a cômoda de lá.

Grace: Você não vai abrir essa porta. - ela se coloca na minha frente

Lucy: Sai da minha frente.

Lisa: Meninas por favor, se acalmem.

Grace: Você está louca? Vai nos matar.

Lucy: E eles vão matar o Justin.

Grace: Você ouviu que ele falou? Não abra a porta mesmo se eu pedir. Obedeça ele! Confie!- ela me grita

Lucy: Vai se foder.

Ouço um grito do Justin vindo do corredor, e imediatamente empurro a Grace, fazendo ela cair no chão e abro a porta.
Justin se encontra em frente a descida da escada, um homem está em frente a porta, e eu aponto a arma pra ele, enquanto ele aponta a arma em direção ao Justin, um pouco ensanguentado.

Lucy: Justin.- me preocupo

Justin: Não se mova.

Lucy: Abaixe sua arma, se não eu atiro. -sinto a raiva tomar conta de mim por ver ele assim

Ele dar um sorrisinho de lado pra mim, e faz menção de atirar no Justin, dando as costas pra mim, e imediatamente meu dedo aperta o gatilho e o acerto, mas seu movimento foi tão rápido, que ele vira, e atira em mim, me fazendo cambalear pra trás, e cair nos braços da Lisa. E não deu tempo de ele atirar de novo, Justin o acerta com um tiro na cabeça, e vem de lá atirando cada vez mais. Nunca tinha o visto daquele jeito, seu rosto queimava em raiva e ódio, e ele não parava de atirar no cara que já estava morto no chão, bem a minha frente. Aquela cena foi a pior versão dele que tinha visto, e eu não aguenta ver mais.

Lucy: Pare. - minha voz sai firme

Ele me olha, e seu rosto se suaviza e transparece preocupação e culpa, e dor.

Lisa: Ela está perdendo muito sangue.

Ele fica de joelhos em minha frente, e me puxa para os seus braços. Escondo meu rosto no seu peito, e reprimo os soluços e as lágrimas que viam.

Justin: Você é teimosa Lucy, você é teimosa. - ele me aperta contra seu peito- Mas vai ficar tudo bem. Apenas fique comigo.

Mike: O que aconteceu?

Justin: Atingiram ela.- ele se coloca de pé comigo no colo- preciso levá-la ao hospital.

Lisa: A Grace torceu o braço.

Mike: Vá, eu levo a Grace.

Quando Justin desce comigo no colo, não tenho coragem de olhar pra sala, a dor estava ficando insuportável, parecia que estava queimando por dentro, e então apaguei.

JUSTIN ON

Justin: Chama o Dr.Ben, ela precisa de um médico agora.

Chego no hospital com ela no meu braço, e já entrando no corredor. Alguns seguranças tentam me barrar, mas logo Ben aparece, e a Liah também.

Ben: O que está acontecendo?

Liah: Ah meu Deus.

Ela corre para o meu lado, e tira o cabelo do rosto da Lucy.

Justin: Ela está desacordada. Está perdendo sangue.

Ben: Rápido, chamem a equipe médica, tragam uma maca.

Foi tudo muito rápido, todos do hospital corriam de um lado para o outro. Um enfermeiro chega com a maca, e eu coloco a Lucy deitada lá. Tento acompanhar ela, mas Ben, não deixa.

Ben: Acho melhor você ficar aqui.

Justin: Ela precisa de mim.

Ben: Ela está em boas mãos agora. Apenas vá para a enfermaria e cuide desses ferimentos também.

Liah: Cuida dela.

Ben: Vai ficar tudo bem.-ele dá um beijo em sua testa, e sai.

Justin: Droga.- chuto a lata de lixo na minha frente de raiva

Fico anestesiado com tudo, era a única coisa que eu não queria que acontecesse. Sento em um dos bancos do corredor do hospital, e enfio minha cabeça entre as mãos, me sentindo culpado por tudo.

Mike: Cadê ela? - ele chega com a Grace

Liah: O que aconteceu? Uma guerra?-ela fala quase se exaltando vendo o estado de todos

Mike: Quase isso.

Grace: Ai, meu braço. - ela geme de dor

Liah: Ei, levem eles pra enfermaria. - ela fala com um enfermeiro que passava por ali

Justin: Levem ela. Eu vou ficar aqui.

Eu não iria ir pra lugar nenhum até a Lucy sair daquela sala bem. Eu não estava nem aí, como iria explicar o que tinha acontecido, as mil desculpas que iria dar, apenas queria saber dela.

HORAS E HORAS DEPOIS...

Justin: Como você está?

Grace: Bem. Acho que vou ter que ficar com essa bóia por uma semana. A Lucy conseguiu me proporcionar dor dessa vez.

Justin: Eu sinto muito por tudo isso.

Grace: Não sinta. A culpa não foi sua.

Justin: Acredite, é mais culpa minha do que eu gostaria.

Grace: Mas eu confio em você. Sei que não foi por mal.

Mike: E ai, como a Lucy está?

Justin: Parece que está bem. Fui vê-la, mas ela ainda está desacordada. Ben disse, que ela vai acordar logo logo.

Mike: Que bom.

Justin: E o Chaz? Conseguiu contornar a situação lá?

Mike: Sim. O policial Rick deu um jeito. Estamos devendo mais uma pra ele.

Justin: Melhor assim.

Grace: Eu deveria saber por que um policial está envolvido nisso?

Mike: Você não vai querer saber disso.

Justin: Continue confiando apenas.

LUCY ON

Acordei com um pouco de dor no meu ombro esquerdo, já sabia onde estava, e infelizmente eu me lembrava de tudo. A vontade de chorar era imensa, minha mente não parava de me culpar por ter atirado naquele homem, mesmo sendo pra defender o Justin.
A culpa estava me consumindo, e eu não iria ter coragem de contar isso á ninguém.

Ben: Olá querida! - ele aparece na sala

Lucy: Pai, cadê o Justin?

Ben: Foi ver a Grace na enfermaria. Como você está se sentindo? Dor? Incômodo?

Lucy: Culpa.

Ben: Ei, culpa de quer? Foi um acidente.

Lucy: Acidente?

Ben: Foi o que aconteceu na casa do Justin. Não sei bem, mas o policial explicou tudo.

Lucy: Chama o Justin, eu quero ver o Justin, por favor.

Ele me examina rapidamente, e vai chamar o Justin. Não demora muito pra ele aparecer no quarto.

Justin: Ei, você acordou.

Lucy: Por que o policial está contando uma história totalmente diferente do que eu me lembro para os meus pais?

Justin: Porque foi isso que aconteceu.- ele fala sério

Lucy: Pare de mentir pra mim. Estou me sentindo culpada, e você sabe porque. Então conte-me a verdade.- me altero

Justin: Fala baixo Lucy, você não tem culpa de nada.

Lucy: Eu quero sair daqui, eu quero que você me conte que porra está acontecendo. Eu quero saber porque estão tentando te matar, ou me matar, sei lá.- meus olhos se enchem de água - Por favor, eu preciso da verdade.

Justin: Eu vou chamar seu pai. Você está sem condições alguma de conversar agora.

Lucy: Justin, por favor.

Ele deposita um beijo na minha testa rápido, e sai do quarto, me deixando lá em plantos.

2 DIAS DEPOIS...

Liah: Como você está se sentindo?

Lucy: Acho que bem. O Justin, é...

Liah: Não, ele não ligou.

Eu estava de alta à dois dias já, estava na casa dos meus pais, e desde de quando o Justin saiu do quarto daquele jeito, ele não voltou mais. Estava tentando ligar, mas ele nunca atendia. Mike não veio me visitar também, ninguém veio, além do Jaxon e a Jazzy, e a Lisa. E ela disse que Justin não aparece em casa desde do dia em que saiu do hospital.
Me preocupei, claro, mesmo estando puta da vida com ele.
O que eu não poderia saber?

Liah: Vou deixar você descansar um pouco ok?

Lucy: Ta bom.

Ela apaga a luz e me deixa sozinha. Pego meu celular na cama, e disco o número do Justin.

Lucy: Atende...atende.

Chamou, chamou e ninguém atendeu. Estava caindo na caixa, então resolvi deixar um recado.

Lucy: Onde você está Justin? O que está acontecendo? Por que você não está aqui? Eu...

JUSTIN ON

- Eu queria que estivesse aqui, que me conta-se a verdade. Por que é tão difícil de falar à verdade? Isso tudo está me matando por dentro, sinto como se você fosse uma mentira, e...bom, me liga de volta ou aparece aqui.

Grace: Você quer voltar?

Justin: Eu quero não precisar mentir pra ela.

Desde o dia que sai daquele hospital, resolvi vim pra casa do campo, onde muitas vezes trazia a Lucy. A Grace veio comigo, e contei tudo a ela, toda a escuridão por trás de mim. Ela não correu pra longe, como eu acho que a Lucy vai fazer, ela ficou.
Eu estou encontrando forças pra voltar. Eu não atendo suas ligações, e nem a de ninguém, e talvez ela esteja me odiando, mas é tão difícil.

Grace: Você precisa contar a ela. Ela merece a verdade.

Justin: Eu sei, eu sei. Mas não sei como falar isso a ela. Ela vai me odiar, e eu preciso tanto, tanto que ela me ame, que ela permaneça comigo. Ela é boa, ela conseguiu afastar toda essa escuridão pra longe, ela me fez ser melhor, bom de novo.

Grace: Me sinto culpada. Quer dizer, você ficou assim, depois que eu te deixei.

Justin: Não, por favor, não se culpe. Aconteceu, eu tive escolha de fazer diferente, e não fiz. É tudo culpa minha.

Grace: Mas eu estraguei você Justin.- ela deixa as lágrimas sair- Eu estraguei você. Eu nunca deveria ter ido embora. Eu nunca deveria ter achado que você não pudesse me amar com aquela doença. Você era bom, você inspirava o bem, você me amava, você era raro. E eu estraguei você. Não que eu te veja como um monstro agora, por incrível que pareça, eu confio em você, eu ainda te amo, e vou amar amanhã também, mas tudo seria diferente se eu não tivesse ido.

Justin: Grace, eu te amei, de verdade. Fiquei louco quando você foi embora. Mas se eu tivesse escolhido diferente, não teria conhecido a Lucy. Então não se culpe, porque por mais ruim que seja, eu não me arrependo de nada do que aconteceu. Não me castigo mais por você ter ido embora, porque se você não tivesse ido, eu não teria a conhecido. E ter conhecido ela, foi a melhor coisa que me aconteceu. E preciso dela, não posso perder ela, mas isso é tão egoísta, ela não merece alguém como eu, no entanto não quero que ela corra pra longe.

Grace: Minha mãe sempre me dizia assim: Querida, você deve ser amada por alguém que queira te amar, não por alguém que você espera desesperadamente que te ame. Bom, não estou seguindo isso agora. Mas você deve seguir. Tem que falar a ela, tem que contar a verdade, e se ela realmente te amar, como você acha que ela te ama, ela não vai embora. Ela vai ficar e vai enfrentar isso com você, por mais difícil que seja. Ela vai te amar desse jeito ai.

Justin: Obrigado, por tudo.  - me levanto- Agora vou entrar, descansar um pouco. Você vem?

Grace: Vou ficar mais um pouco.

Dou um beijo em seu rosto, e quando estava caminhando pra voltar para casa, a Grace me chama.

Grace: Justin.

Justin: Sim?

Grace: Eu só quero dizer, que sinto muito por ter sido tão covarde.

Abro um sorriso sem graça, e volto a caminhar. Eu precisa tomar uma decisão.

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Postei!

Beijos!

Tai.